J. FAUSTO TOLOY
( Paraná – Brasil )
Reside em Campina da Lagoa – PR.
Médico e Poeta, autor do livro “No Final do Arco-Íris”.
COLETÂNEA VIAGEM PELA ESCRITA. Vol. VII – Homenagem ao poeta Reynaldo Valinho Alvarez. Org. de Jean Carlos Drumond. Comentários por Álvaro Alves de Faria, Anderson Braga Horta, Antonio Miranda, Antonio Torres, Gilberto Mendonça Teles, José Eduardo Degrazia. Volta Redonda, RJ: PoetArt Editora, 2020.
100 p. Ex. bibl. Antonio Miranda
CRIAÇÃO DO POEMA
O poema como a
casa em construção:
nas paredes o sentimento,
no chão a emoção,
no teto o pensamento.
Lá fora o poeta
imagina dentro as palavras,
que dançam
desnudas e enamoradas,
e, debalde tenta entrar,
mas fica a espiar
pela janela do vão.
A VIDA É FUMAÇA
A vida passa
e eu até acho graça.
É preciso viver com raça;
Brincar com a ilusão da farsa;
Enfrentar altivo a desgraça;
Imaginar e criar sem chalaça;
Não mergulhar na cachaça;
Quem sabe esquivar-se da ameaça;
Tergiversar a reação negaça;
Diante da dúvida olvidar a trapaça
para não virar caça;
Na loucura devassa,
deixar os amores sem jaça;
Aquiescer à ironia palhaça;
Do governo negar a mordaça;
Passear às vezes na praça;
Como um ladrão ladino a elidir a couraça...
Dominar o tempo... disfarça!
Nunca entrar na vida nefasta:
porque tudo passa,
embaça e vira nesga de fumaça.
*
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Página publicada em março de 2022
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